sexta-feira, 15 de janeiro de 2010



António Laginha, autor do projecto

Palácio Ribamar
Centro de Dança de Oeiras
Rua João Chagas, nº 3
1495 – 071 ALGÉS

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A “FAMÍLIA” LAGINHA


Nos finais do século XVIII, no ano de 1790, nasceu MANUEL MARTINS no Sítio da Nora, nos arredores de Loulé, numa zona a norte, e não muito longe, da velha ermida de N. Sra. da Piedade.
Era filho de um outro Manuel Martins, e de Maria de Sousa, e deu origem a um dos dois ramos da família Laginha na cidade de Loulé.
Os seus avós paternos chamavam-se, respectivamente, André Martins e Josefa Correia enquanto os maternos davam pelos nomes de Manuel de Sousa e Isabel Mendes.
MANUEL MARTINS viria a casar-se, em 30 de Junho de 1813, com ANA ROSA (filha de José Martins e Ana do Espírito Santo, cujos avós paternos tinham como nome Manuel Martins e Maria Lopes e os avós maternos José Rodrigues e Maria de S. José) de quem teve 14 filhos: Joaquim, João, José, Manuel, Francisco e outros, para além de uma filha, Maria da Conceição.
Curiosamente, todos os filhos varões viriam a ser baptizados com um apelido em que, para além de MARTINS, aparece o nome LAGINHA que, até há bem pouco tempo, todos supunham ter origem numa alcunha.
A origem do duplo apelido MARTINS LAGINHA – com que MANUEL MARTINS presentearia cada um dos seus filhos homens – está muio longe de ser clara. Até porque parece ter havido um padrinho (de alguns dos filhos) cuja origem ainda não está bem determinada que poderá ter algo a ver com o baptismo de alguns deles.
Conta a lenda que MANUEL MARTINS, começou a ser conhecido por o LAGINHA por, regulamente, ser visto a apanhar e juntar pequenas pedras chatas. Interrogado pelos vizinhos sobre a natureza do material recolhido e, ou, o destino de tal empresa, o agricultor, invariavelmente, respondia “são umas lajinhas para a minha nova casa”.
E assim parece ter nascido uma alcunha que, como muitas outras, se haveria de sobrepor a um trivial nome de uma qualquer família portuguesa.
Com a recente (2008) associação dos Martins Laginha algarvios aos minhotos, que parece terem uma origem mais antiga, esta teoria pode cair por terra, admitindo-se, hoje, a hipótese de algum indivíduo do Norte ter vindo para Sul - Loulé - e dado origem ao ramo algarvio.
Como não se encontraram outros dados biográficos, para além dos indicadores genealógicos com origem nos assentos de casamento da freguesia de S. Clemente - a única freguesia da vila até 13 de Agosto de 1890, ano em que foi criada, por decreto régio, a freguesia de S. Sebastião correspondente à zona “de baixo” -, nada mais de concreto se sabe da vida de MANUEL MARTINS. E muito pouco, também, relativamente às dos seus descendentes directos.
O facto dos registos de Maria da Conceição e de muitas mulheres não apresentarem qualquer apelido era normal entre as filhas, desta e de outras famílias da época, frequentemente baptizadas com apenas dois nomes – Maria seguido pelo de uma qualquer santa da devoção familiar – e sem apelido. Por tal razão, os ramos femininos das famílias é, muitas vezes, de difícil listagem e caracterização, devido ao facto de ser complicado associar apenas conjuntos de nomes próprios que, ainda por cima, se repetem ciclicamente. Sabe-se que era tradição, em indivíduos de um extracto social médio e baixo, perpetuar determinados nomes baptizando filhas e afilhadas exactamente com os mesmos nomes das mães, avós, tias e madrinhas.
A partir do citado grupo de filhos de MANUEL MARTINS e seus descendentes, a FAMÍLIA LAGINHA foi engrossando até aos nossos dias, sendo hoje, praticamente, impossível enumerar não só os que vivem no concelho de Loulé, bem como nos de Faro e próximos, os que se encontram nas zonas alentejanas de Almodôvar, Castro Verde e Aljustrel, os que se estabeleceram na capital, Lisboa.
Sabe-se, hoje, que tanto no Sul como no Centro (zona de Aveiro) e, sobretudo, em várias cidades do Norte do país - oriundos de Viana do Castelo (Carreço/ Afife) -, curiosamente, aparecem outros “ramos” de Laginhas.


OS OUTROS LAGINHA DE LOULÉ


O apelido Martins Laginha aparece referido nos livros paroquiais por volta de 1840, nos filhos de dois casais, o citado Manuel Martins-Maria de Sousa e Caetano Gonçalves e Maria Lopes.
Porque o casal Manuel Martins Laginha (filho de Manuel Martins e de Maria de Sousa) e Ana Rosa (casamento a 30-06-1813) teve 14 filhos, rapidamente o apelido Laginha foi-se disseminado na zona de Loulé. Sabe-se também que a descendência daqueles filhos também foi significativa.
Todavia, é o casal Caetano Gonçalves e Maria Lopes que parece ter dado origem ao "ramo" predominante, actualmente, na cidade Loulé, segundo os dados investigados por Júlio Sousa e Ana Laginha Mendes.
Estamos, assim, perante dois ramos distintos da famíla Laginha, ambos originários de Loulé e com o, já citado, apelido Martins Laginha.
O casal Caetano Gonçalves e Maria Lopes, casados em 05-05-1784, foi viver para o sítio das Torres de Apra (em outros subúrbios de Loulé) de onde era natural Maria Lopes. Os filhos do casal, Manuel e João, são os primeiros deste ramo a “usar” Laginha como apelido.
Manuel vai buscar o apelido Guerreiro a Pedro Contreiras Guerreiro, seu bisavô pelo lado materno, formando o nome Manuel Guerreiro Laginha. O outro filho, João, vai buscar o apelido Sousa à sua avó paterna, Simoa de Sousa e mais tarde vai formar o nome João de Sousa Laginha.
Sobre o casal Caetano Gonçalves e Maria Lopes, conhecemos alguns ascendentes em que os nº 2 e 3 são os pais e os nº 4, 5, 6 e 7 são os avós, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, e 15 são os bisavós.
Assim:
1- Caetano Gonçalves

2- António Gonçalves
3- Simoa de Sousa

4-Manuel Gonçalves
5- Domingas Candeias
6- Manuel Nunes
7- Maria Nunes


1- Maria Lopes

2- João Correia
3- Maria Lopes

4- João Correia
5- Brites Correia
6- Pedro Contreiras Guerreiro
7- Catarina Lopes

8- …
9- …
10- …
11- …
12- Gregório Guerreiro
13- Simoa Rodrigues
14- João Rodrigues, casou em 01-09-1697 com...
15- Catarina Lopes

O ramo que tem como referência o casal Manuel Martins e Maria de Sousa, casados em 08-01-1783 (sendo que Manuel Martins era natural do sítio da Nora e Maria de Sousa natural de Vale Telheiro, sítios nas proximidades da cidade de Loulé) fica na zona oposta do sítio das Torres de Apra.
Este casal teve, entre outros filhos, Manuel Martins Laginha, o qual começou a utilizar o apelido Laginha, em data muita próxima dos anteriores, ou seja, cerca de 1840.
Manuel Martins Laginha, casou com Ana Rosa em 30-06-1813.
Sobre o casal Manuel Martins e Maria de Sousa conhecemos também alguns ascendentes, pelo menos até aos seus avós:

1- Manuel Martins

2- André Martins
3- Josefa Correia

4- António Martins
5- Maria de Sousa
6- Rodrigo Martins
7- Maria Correia


1- Maria de Sousa

2- Manuel de Sousa
3- Isabel Mendes

4- Manuel de Sousa
5- Joana Baptista
6- Francisco Rodrigues
7- Maria Mendes



O MISTÉRIO DOS LAGINHA DE CARREÇO


O grande mistério relativamente ao apelido Martins Laginha - que parece estar na real origem da (s) família (s) -, surgiu há relativamente pouco tempo com o contacto (feito a partir da capital) com um Laginha Castro, oriundo de uma família, actualmente, ligada ao Solar do Laginha, em Afife. O então proprietário do refreido "turismo de habitação", João Laginha Castro, viria a falecer pouco temo depois, tendo, no entanto, deixado várias pistas que começaram a ser desenvolvidas.
A origem da família, no Norte, é atribuída a um JOAQUIM MARTINS LAGINHA (nascido em 26 de Novembro de 1844 e falecido em 1899) oriundo da freguesia de Carreço e contemporâneo de um indivíduo exactamente com o mesmo nome nascido em Loulé.
Tendo-se vindo a orientar a pesquisa para os assentos paroquiais da zona de Carreço, tudo leva a crer que o ramo nortenho dos Laginhas, ao contrário dos do Sul, tenha origens bem mais profundas, possivelmente no século XVIII.
Diz-se que Joaquim Martins Laginha de Carreço teve vários filhos legítimos e ilegítimos tendo morrido de ataque cardíaco, aos 55 anos, na estação de comboios de Afife, quando se deslocava ao Porto.
Uma das suas filhas Rosa Martins Laginha, casou com um galego, de Baiona – município de Pontevedra (Galiza) -, Camilo de Castro, tendo tido seis filhos, um deles chamado Joaquim Laginha de Castro, pai de João, Carlos e Elza (falecida).
Joaquim Laginha de Castro foi para a capital para trabalhar na área da construção civil e a sua família viveu entre Lisboa e Cascais.
Os seus actuais descendentes são:
CARLOS LAGINHA CASTRO que trabalha na área do turismo Vale do Lobo / Quinta do Lago – sendo pai de dois filhos, Miguel Laginha e João Carlos Laginha, residente na zona de Almancil.
Porque o irmão JOÃO LAGINHA CASTRO, último proprietário do Solar do Laginha (tendo por isso estabelecido residência em Afife) faleceu em 2008.


A existência de várias famílias Martins Laginha em Viana do Castelo, à data de 1830, é um facto assente em provas documentais com origem nos livros paroquiais da freguesia de Carreço, no concelho de Viana do Castelo.
Existem os assentos de nascimento de:
• João, n. a 27-10-1832
• Domingos, n. a 14-06-1834
• José, n. 18-02-1836
• Manuel, n. a12-01-1839
• Maria Rosa, n. 3-07-1841
• Joaquim, n. a 26-11-1844

Todos estes aparecem como filhos de José Martins Laginha e Rosa Alves Fernandes, lavradores da freguesia de Carreço, netos paternos de Manuel Martins Laginha e Antónia Martins, do dito lugar de Carreço, e netos maternos de João Alves e Teresa Fernandes, naturais do lugar de Abelheira, freguesia da Colegiada Matriz de Viana do Castelo.
Portanto, à data de 1830, em Viana do Castelo, já é possível referenciar o apelido conjugado Martins Laginha até à terceira geração, o que remete para o nascimento de Manuel Martins Laginha (casado com Antónia Martins) para cerca de 1770.
O casal Manuel Martins Laginha e Antónia Martins tiveram, pelo menos, mais um filho, Manuel Martins Laginha, o qual casou com Tomásia do Vale, moradores, à data de 1832, no lugar de Troviscoso, freguesia de Carreço, Viana do Castelo.
Daqueles filhos do casal José Martins Laginha e Rosa Alves Fernandes, Joaquim, casou na data de 23-05-1868, com Maria Rodrigues Moreira, casamento celebrado na Igreja Paroquial de Carreço. No assento do casamento consta o nome completo do noivo que é Joaquim Martins Laginha.
Este casal teve vários filhos, entre os quais Rosa Martins Laginha, n. a 20-05-1869 e f. a 05-01-1949 e casada com Camilo de Castro em 21-07-1900, pais de Joaquim Laginha de Castro, n. a 12-06-1912 e f. a 12-08-1983, pais do actual titular da unidade hoteleira que dá pelo nome de Solar dos Laginhas em Viana do Castelo, João Laginha de Castro.

Sobre o apelido Laginha na zona de Viana de Castelo, tem-se vindo a obter informação para além do casal Manuel Martins Laginha e Antónia Martins, ou seja, anterior à data de 1770.
Existindo no norte do País uma localidade denominada Laginhas e ainda uma Rua das Laginhas, na freguesia de Vilarinho, també há a possibilidade da ligação dos topónimos ao apelido.
Podem referenciar-se no centro do país diversas pessoas de apelido "Laginhas" (no plural) , designadamente a pintora Isabel Laginhas, cuja família materna tem origem na zona de Aveiro.



CONCLUSÃO


Como facilmente se poderá imaginar o conhecimento das origens e desenvolvimento desta família levantam muitos problemas de ordem genealógica e histórica por se terem encontrados vários ramos paralelos em dois lugares muito distantes.
Nos últimos meses tem se vindo a tentar estabelecer laços de parentesco entre os dois casais que parecem ter dado origem aos ramos estabelecidos na zona louletana, sem sucesso e, ultimamente, à origem dos Laginhas de Carreço, cuja origem parece ser bem mais antiga que a dos ramos algarvios.
Durante algum tempo as investigações do pesquisador Júlio Sousa foram dirigidas exclusivamente para esse objectivo. Porém, já se recuou até ao ano de 1690 e tal objectivo não foi concretizado.
Como se mencionou, o apelido surge, praticamente, em simultâneo na mesma freguesia, S. Clemente (na época, na vila de Loulé ainda não existia a freguesia de S. Sebastião) a partir de dois casais que viviam em zonas diametralmente opostas da vila, aparentemente, sem qualquer ligação de parentesco e no Norte, com bastante mais incidência, na zona de Viana do Castelo, sem que se tenha provado qualquer relação plausível entre os troncos nortenho e sulista.
De acordo com Júlio Sousa - o estudioso que mais se tem dedicado ao tema - a origem do apelido Laginha continua envolta em controversia e "todas as estórias que, hoje, se possam contar sobre a sua origem continuam a não passar de pura especulação".
Tanto quanto se sabe, e devido ao fenómeno da emigração verificado nos séculos dezanove e vinte em Portugal, também há diversos núcleos da família Laginha, designadamente em França, Estado Unidos da América e Brasil.




OS LAGINHA NAS ARTES, NAS CIÊNCIAS E NAS LETRAS


Durante mais de um século a família LAGINHA - com origem em Manuel Martins - terá exercido diversas actividades, designadamente as ligadas à terra, nomeadamente a agricultura e, possivelmente, esteve também ligada ao comércio indeterminado, respectivamente por todos aqueles que permaneceram na área de origem (Sítio da Nora, Sítio da Serra, Alfeição e Vale Telheiro) e pelos que, posteriormente, se estabeleceram na vila de Loulé, ou mesmo em terras vizinhas, designadamente, na cidade de Faro.
No início do século vinte uma senhora de apelido Martins Laginha, Maria da Conceição, com a profissão de doceira, desposou um indivíduo da zona de Paderne ligado ao comércio do ouro que se estabeleceu em Loulé, Francisco Fernandes da Silva. Com a alcunha Chico Pécu, o mesmo colaborou nos primeiros Carnavais “civilizados” em Loulé, com início em 1906. Ao adquirir um imóvel a meio da actual Rua das Lojas (Rua 5 de Outubro) onde abriu uma ourivesaria e uma pastelaria, deixou para trás o comércio ambulante, em que se diz ter conhecido a sua esposa.
Posteriormente associaram-se ao negócio alguns familiares de Maria da Conceição, naquela que parece ter sido a primeira ourivesaria da vila e para onde vinham artesão de terras como Albufeira aprender o ofício. O negócio prosperou e, naturalmente, terá contribuído para melhorar consideravelmente o nível económico dos mais chegados e Francisco e Maria da Conceição. Por tal razão, a partir do primeiro quartel do século XX, detectam-se, por assim dizer, dois grupos distintos na família, os Laginhas “pobres” e os “ricos”, conforme se dedicassem a actividades relacionadas com a terra (agricultura) ou com o comércio, sobretudo no negócio “do ouro”.
Alguns jovens membros da família, então, rumaram a Lisboa e Coimbra, para cursar a Universidade, o que demonstra a subida do estatuto sócio-económico dos Laginhas da vila de Loulé e da cidade de Faro.
Grosso modo a partir de meados do século vinte, as diferenças económicas dos que ficaram na terra começam a esbater-se, fruto de mudanças significativas na sociedade portuguesa. O fosso – a nível social e económico - praticamente, deixa de existir de um modo tão acentuado com o acesso mais generalizado à educação e à procura das artes, das ciências e das letras, como modo de realização pessoal.
No seio do enorme clã dos Martins Laginha - umas seis gerações a partir de Manuel Martins - durante o século vinte, nasceram em território nacional, algumas figuras de renome nacional e internacional.
Poder-se-á, mesmo, afirmar que no concelho de Loulé nenhuma outra família terá dado tantos artistas e personalidades ligadas a actividades técnicas e científicas.

Entre eles contam-se:


* José Joaquim Laginha


(Faro, 15 de Outubro, 1915 – Lisboa, 2 de Março de 1991)


FOTO (não disponível)


MATEMÁTICO e PROFESSOR


Actividade Pedagógica
Licenciado em Ciências Económicas e Financeiras pelo ISCEF, foi, depois, segundo Assistente do Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, tendo tido a seu cargo as aulas práticas de Álgebra Superior, Princípios de Análise Infinitesimal, Geometria Analítica e Matemáticas Gerais (1954-1960);
Dirigiu igualmente aulas de Estudo (repetição teórica) de Matemáticas Gerais no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (1954-1960);
Foi sócio fundador da CODEPA (Cooperativa de Organização e Desenvolvimento do Ensino Particular) e do Instituto de Novas Profissões (INP) (1964);
Leccionou as cadeiras de: Introdução à Estatística, Indução Estatística e Matemáticas Modernas, no Instituto de Novas Profissões (1964-1971);
No Instituto Superior de Psicologia Aplicada: leccionou as cadeiras de: Estatística I e II Aplicada à Psicologia (1967-73) e Matemática Aplicada às Ciências Humanas, Estatística Aplicada à Empresa e Matemáticas Gerais (1971-1973),
Por despacho ministerial de 23-II-73 foi nomeado professor extraordinário do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), regendo as cadeiras de Matemática I e Matemática II;
Posteriormente, a 19-XII-1974, passou a exercer as funções de professor catedrático daquela mesma instituição académica;
No ISCTE, desde Março de 1973 até 1983, regeu as cadeiras de Matemática I e Matemática II, ficando responsável pelas respectivas equipas de assistentes e, mais tarde, passou a orientar a cadeira de Matemática II;
Coordenador das disciplinas de Estatística I e Estatística II e, posteriormente, da cadeira de Estatística para Gestão, de Matemáticas Aplicadas e de Econometrias, de Investigação Operacional e de Métodos de Previsão;
Em 1981, começou a reger a cadeira de Matemática para as Ciências Sociais e a orientar as respectivas equipas de assistentes.
Desde a criação das disciplinas de Matemática para as Ciências Sociais e de Estatística para as Ciências Sociais, assumiu a coordenação e orientação das respectivas equipas de assistentes;
Em Junho de 1973 é nomeado responsável pela Comissão das Novas Instalações do ISCTE;
De Janeiro de 1975 a Dezembro de 1979 foi eleito presidente da comissão executiva daquela instituição académica;
Eleito membro do conselho directivo (Janeiro de 1977 – Dezembro de 1978);
Eleito presidente (Janeiro de 1978 a Dezembro de 1979);
Eleito presidente do conselho pedagógico (Janeiro de 1979 – Dezembro de 1980);
Eleito, de novo, presidente do conselho directivo (Janeiro de 1980);
Em 8-II-1983, no âmbito das comemorações do X Aniversário do ISCTE, foi promovida na Aula Magna daquele instituto uma sessão solene de homenagem ao professor José Joaquim Laginha, à qual presidiu o director-geral do ensino superior, professor Sant’Ana Calazans. Durante a cerimónia foi oferecida ao homenageado uma placa comemorativa dos dez anos daquele instituto e atribuído o seu nome à Aula Magna do ISCTE, como prova de reconhecimento pela sua dedicação ao mesmo.
Em Março de 1983 foi convidado pelo reitor da Universidade do Algarve, professor Manuel Gomes Guerreiro, para colaborar com aquela instituição de ensino superior, ficando incumbido de leccionar as cadeiras de Matemática dos 1º e 2º anos dos cursos de Horto Fruticultura, Biologia Marinha e Pescas e Gestão de Empresas, assim como pelo ensino de Estatística Descritiva e Analítica daqueles mesmos cursos.
Participante em vários cursos e seminários, J. J. Laginha colaborou na Assembleia Hispano-Luso-Filipina de Turismo, na secção de Estatística, realizada em Madrid, em 1966;
Foi convidado pelo secretariado do I Congresso de Psicologia, em Portugal, em Março de 1979, para participar na mesa redonda intitulada “A Contribuição Dada pelas Ciências Fundamentais à Psicologia”, efectuada na Fundação Calouste Gulbenkian;
Em Dezembro de 1984, foi convidado pela Associação Portuguesa de Gestores e Técnicos dos Recursos Humanos para fazer parte da mesa da Comissão de Honra da I Conferência Nacional de Recursos Humanos, presidida pelo Presidente da República, general Ramalho Eanes;
J. J. Laginha foi membro do Instituto dos Actuários Portugueses, da Sociedade Portuguesa de Comercialização e Marketing e da Associação Portuguesa para a Qualidade Industrial. Pertenceu ao Centro de Estudos de Estatística Económica.
Publicações
“Diferenças Finitas-Interpolação”;
“Sobre a Construção duma Carta de Diferença a Partir da Curva da Procura”, em colaboração com o Dr. Mário Soares Madureira, 1953;
“Nota Sobre os Cumulantes da Média dos Quadros das Primeiras Diferenças”, em colaboração com o Dr. Bento Murteira
“A resolução do Sistema de Leontief”, separata de Economia e Finanças (Anais do ISCEF), vol. XXVI tomo I, 1958;
“Métodos de Resolução de Sistemas de Equações Lineares Reais”, separata de Estudos de Matemática, Estatística e Econometria, 1958;
“Matemáticas I e II”, publicação da secção de folhas do ISCTE, 1973 e “Matemática para as Ciências Sociais”, idem, 1979;
Em Outubro de 1983, reeditou (policópia), depois de revisto e ampliado, o auxiliar de estudo “Matemática I (Álgebra Linear e Análise Infinitesimal)” e Matemática para as Ciências Sociais (Álgebra Linear e Análise Infinitesimal)”.
Fonte: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Vol.7 – Actualização e Vol. 39


* Fernando Laginha

(Loulé, 21 Agosto, 1918 - Loulé, 3 de Novembro de 1974)



POETA

Fernando Laginha Ramos, nasceu em Loulé em 21 de Abril de 1918 e faleceu em Lisboa em 3 de Novembro de 1974.
Poeta autodidacta e comerciante de profissão, no sector da ourivesaria, teve uma actividade literária muito discreta.
Foi amigo e protector do poeta popular António Aleixo.
Tem apenas um livro publicado a título póstumo, por iniciativa da sua família, cerca de três décadas após o seu desaparecimento.










* Manuel Maria Cristovão Laginha
(Loulé, 9 Abril, 1919 – Lisboa, 20 de Dezembro de 1985 )

ARQUITECTO

Nasceu em Loulé e começou por estudar Arquitectura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Entre 1940 e 45 estudou na Escola de Belas Artes do Porto, com a Bolsa de Estudo Ventura Terra, tendo-se diplomado em 1947 com 18 valores.
Entre 1948 e 52 foi funcionário da Câmara Municipal de Lisboa (CML), na repartição de Arquitectura, e entre 1952 e 85, da Direcção-Geral dos Serviços de Urbanização (MOP), onde ingressou por concurso público.
Foi membro da Direcção do Sindicato Nacional dos Arquitectos (actualmente Associação dos Arquitectos Portugueses) no biénio 1952-54 e sócio da secção portuguesa da U.I.A.
Em 1953, enquanto funcionário da D.G.S.U., empreendeu uma viagem de estudo à Grã-Bretanha, Países Baixos, Bélgica e França, da qual foi publicado um relatório quatro anos depois. Em 1957 frequentou o curso de urbanismo do University College of London, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, e estagiou no Departamento de Arquitectura do London County Council.
Desenvolveu ampla actividade arquitectónica em Lisboa deixando intervenções marcantes designadamente nos Olivais-Sul e num conjunto habitacional na frente Norte da Av. Estados Unidos da América (entre as avenidas do Rio de Janeiro e Almirante Gago Coutinho) 1955-1956, de colaboração com os arquitectos Pedro Cid e João Vasconcelos – Prémio Municipal de Arquitectura em 1957, em Carcavelos, em Setúbal, no Seixal e em Milão (Instituto Luso-Fármaco).
Foi o autor dos planos de Urbanização de Campo Maior, Vila Verde de Ficalho, Praia de Quarteira, Loulé, Lagoa de Santo André, Alvalade, Melides e Termas de Monfortinho. São também de sua autoria o Plano Sub-Regional do Sector XI do Algarve (Cacela/Vila Real de Santo António), em 1969, e do Plano da Região de Corimba – Ilha do Mussulo (Angola), em 1976.
Participou em congressos e conferências em Portugal, Finlândia, Holanda, França e Luxemburgo.
A partir de 1963 começou a prestar assistência urbanística na Junta Distrital de Setúbal. Constituiu, com Arnaldo Araújo e Frederico George, uma das três equipas finalistas do concurso para o projecto da sede e museu da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa) em 1959.
Em Loulé “criou escola” tendo os seus projectos sido imitados por engenheiros e projectistas. Ainda hoje são obras de referência a Casa da Primeira Infância (vulgo Casa da Primeira Infância ou Creche), o edifício nº 10 da Praça da República, o prédio nº 36 da Av. Marçal Pacheco, a casa Laginha Ramos, na Rua David Teixeira, nº 121, e a Alfaiataria York, para além de moradias e edifícios em Quarteira e Olhos de Água.
Projectou ainda no Algarve o Centro de Assistência de Olhão, de colaboração com Rogério Buridant Martins e a Casa de Paderne, Albufeira (c. 1948).
A sua actividade profissional - cujos primeiros anos coincidiram com a difusão alargada da arquitectura ligada ao Movimento Moderno em Portugal - pautou-se por uma adopção criteriosa dos princípios fundadores deste movimento, fruto de uma sólida formação constantemente informada pela situação internacional. Esses mesmos princípios foram utilizados como instrumentos fundamentais na reacção à arquitectura oficial de cariz nacionalista ainda vigente.
Faleceu prematuramente, vítima de atropelamento, na Av. da Liberdade em Lisboa .
A biblioteca e arquivo pessoal de Manuel Maria Laginha integra alguns dos seus projectos que poderão ser consultados através do Inventário do Património Arquitectónico na Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.
A Câmara Municipal de Loulé deu o seu nome, em 2008, a uma avenida da cidade.


“A prática arquitectónica de Manuel Laginha revela o forte empenho colocado na tradução 'moderna' das constantes locais da arquitectura (como a escala, os materiais, e técnicas de construção e o cromatismo) e na 'contaminação das formas modernas internacionalmente vulgarizadas por especificidades regionais, depuradas da fácil caracterização decorativa que pesava sobre outras interpretações 'regionalizantes'.
Neste equilíbrio, entre a teoria e a forma modernas e a prática ancestral vernacular, localiza-se o elemento fundador da arquitectura de Manuel Laginha, muito enriquecido pelas experiências de igual sentido então em curso no Brasil. A maestria de algumas realizações brasileiras de então, mundialmente reconhecida, encontrou eco em numerosos arquitectos da sua geração e um competente intérprete português em Laginha, que a formalizaria em objectos exemplares, como são os seus dois Centros de Assistência Social, no Algarve”.




* Joaquim Laginha Serafim
(Loulé, 12 Janeiro 1921- Lisboa, 28 Novembro 1994)

ENGENHEIRO CIVIL e PROFESSOR

Formação Académica e Científica
Engenheiro Civil pelo Instituto Superior Técnico, Lisboa, em 1944, com 16 valores.
Frequentou o Centro de Estudos de Engª Civil em 1946 e 1947.
Frequentou um curso de Verão para engenheiros e cientistas estrangeiros no Massachusetts Institute of Technology (MIT), em 1951.
Foi bolseiro sénior da National Science Foundation e professor visitante do Civil Engineering Dept. do MIT, em 1064-65.
Doutor “Honoris Causa” pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1967.
Actividade Profissional
Engenheiro da Direcção Geral dos Recursos Hidráulicos em 1946.
Engenheiro na Hidroeléctrica do Zêzere de Agosto de 1946 a Outubro de 1947.
Ingressou no LNEC em 1947, onde foi Chefe da Secção de Barragens do Serviço de Estudo de Estruturas, até 1963.
Fundador da empresa COBA – consultores de Engenharia e Ambiente, em 1962.
Fundador e Presidente até 1972, da empresa CONSULPRESA- Consultores de Presas y
Aprovechamientos, Madrid, Espanha, em 1963.
Fundador da empresa ERN- Engenharia de Recursos Naturais, SA, no Rio de Janeiro, Brasil, em 1968.
Membro da «Association Internationale des Ponts e Charpentes».
Membro do «American Concrete Institut».
Membro da «American Society of Civil Engeneering».
Membro do «Institutions of Civil Engineers» de Londres.
Professor de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, desde 1972 a 1990.
Professor visitante de Engenharia Civil na Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique, em 1977.
Integrou a Comissão Internacional das Grandes Barragens, desde 1948, de que foi Vice-Presidente entre 1988 e 1991.
Integrou Comissões Técnicas do Conselho Superior de Obras Públicas e Transportes, nomeadamente a Sub-Comissão do Regulamento de Segurança de Barragens.
Artigos e Publicações
O estudo das barragens portuguesas de betão por meio de ensaios em modelos. Com Rocha, Manuel. Lisboa, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 1958.
Métodos e materiais para o estudo, em modelos, das tensões devidas ao peso próprio em barragens. Com Costa, J. Poole da. Lisboa, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 1960.
As grandes barragens dos aproveitamentos hidráulicos portugueses. Lisboa, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 1962.
Reconhecimento de maciços rochosos por sondagens para o estudo das fundações de barragens. Com Seabra, F. Lisboa, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 1962.
Estudo experimental da barragem do Salto Funil e estudo em modelo reduzido dos órgãos hidráulicos do aproveitamento do Salto Funil. Com outros. Lisboa, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 1962.
The structural design of Tang-e Soleyman dam. Com Lane, R. G. Lisboa, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 1963.
Medição de extensões em barragens de betão. Lisboa, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 1963.
Influence of temperature on the creep of mass concret. Com Guerreiro, M. Q. Lisboa, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 1963.
Methods in use at the LNEC for the stress analysis in models of dams. Com Azevedo, M. Cruz. Lisboa, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 1963.
Methods and materials for the study of the weight stresses in dams by means of models. Com Costa, J. Poole da. Lisboa, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 1963.
Experimental studies of multiple arch dams. Com Rocha, Manuel Coelho Mendes da; Jesus, António Fernando de. Lisboa, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 1963.
Rock mechanics considerations in the design of concrete dams. Lisboa, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 1964.
Análise geral crítica dos métodos de cálculo mais importantes das barragens-abóbada. Lisboa, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 1958. Lisboa, Livraria Bertrand, 1966.
Prémios e Comendas
Prémio Dr. Brito Camacho e Prémio Mira Fernandes (ex-aequo), como melhor graduado nos vários cursos do IST.
Prémio para estrangeiros pelo «Institution of Civil Engineering» de Londres.
Medalhas de Aldeadavilla, Almendra e El Atazar, concedidas pelo Ministério Espanhol das Obras Públicas.
Comandante da Ordem de Mérito Civil de Espanha.
Oficial da Ordem Santiago de Espada de Portugal.
A Câmara Municipal de Loulé deu o seu nome a uma avenida da cidade que liga a Rua Ascensão Guimarães com a EN 396.


* Fernando Laginha Apolónia
(Faro, 1925)


FOTO (não disponível)

MÉDICO CARDIOLOGISTA
Irmão do Prof. José Joaquim Laginha


* António Laginha 
 (Loulé, 5 Maio 1955)

BAILARINO e JORNALISTA

Nascido no Algarve, António Laginha começou por estudar arquitectura e dança tendo-se dedicado a esta arte profissionalmente desde que ingressou no Ballet Gulbenkian em 1977. Primeiro como intérprete, depois como professor e coreógrafo e, posteriormente, como escritor, produtor e conferencista tem sempre trabalhado na divulgação da dança no país e no estrangeiro.
É o decano dos jornalistas de dança em Portugal - com a carteira profissional nº 7794 - publicando, regular e ininterruptamente, desde 1986, em jornais e revistas da especialidade, portuguesas e estrangeiras (no Brasil, França, Espanha, Itália, Cuba, Israel, Estados Unidos e Alemanha).
Após ter trabalhado nos jornais “O Dia” (1986-1987), “O Semanário”, “Diário de Lisboa” e “Diário de Notícias” foi jornalista do “Correio da Manhã” (1992-2011). Entre 2001 e 2003 foi colunista regular do jornal “AlgarveHoje”. Durante vários anos - de 90 a 95 - foi o “especialista em dança” da estação de rádio TSF.
Tem contribuído com textos para inúmeros programas de espectáculos – sobretudo na área da dança – e exposições e para diversos livros, designadamente “Dançaram em Lisboa 1900-94”, para Lisboa Capital da Cultura’94, e “Portugal 45-95 nas Artes, nas Letras e nas Ideias”, editado pelo Centro Nacional de Cultura (1999).
Colaborador da Enciclopédia da Verbo e do "Livro do Ano" da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, de 88 a 97. Em 98 publicou um livro para crianças com temática de dança, “O Segredo de Natália”, editado pela Difel e galardoado com o prémio revelação da Associação Portuguesa de Escritores (APE).
Desde então tem vindo a trabalhar nas biografias de três pioneiras da dança portuguesa - Margarida de Abreu, Águeda Sena e Ruth Asvin -, bem como na biografia tripla: “Isabel Santa Rosa, Carlos e Jorge Trincheiras: Dois Príncipes e uma Rainha da Dança Portuguesa”.
Em Dezembro de 2013 concluiu uma tese de Doutoramento com o título “Memória da Saudade – O percurso e identidade artística do Ballet Gulbenkian como estrutura de referência na dança portuguesa (1961-2005)”, na qualidade de bolseiro da FCT junto da Faculdade de Motricidade Humana, da Universidade de Lisboa.
Tem também pronto para publicação em livro várias obras como uma selecção de crónicas, “Pontos Com Vista”, o conto infanto-juvenil, “O Fantasma do Circo Maravilhas”, uma peça de teatro “O Fado da Freira Corrida” e uma obra técnica, “O (pequeno) Livro da Dança”, já publicado em Cuba.
É licenciado em Arquitectura, pela Escola Superior de Belas Artes da Universidade Técnica de Lisboa (1979), e membro da Ordem dos Arquitectos - nº 1417.
Estudou dança no Conservatório Nacional, entre 74 e 77, e na Fundação Gulbenkian - Curso Especial para Bailarinos - em Lisboa; na Juilliard School, em Nova Iorque, nos anos de 82 e 83 – como bolseiro do Ministério da Cultura -, e na Universidade de Nova Iorque (Tisch School of the Arts), como bolseiro da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), onde obteve o grau de Mestre em Belas Artes (1987), posteriormente reconhecido pela Faculdade de Motricidade Humana, da Universidade de Lisboa.
Como bailarino, pertenceu sucessivamente ao Ballet Gulbenkian e à Companhia Nacional de Bailado, tendo sido co-fundador e o primeiro professor da Companhia de Dança de Lisboa (1985-86).
Seguidamente dançou em vários grupos nos Estados Unidos da América (Lincoln Center Touring Program, Westchester Dance Theatre e Delaware Dance Company), como artista “free lance”.
Foi professor e bailarino convidado da Vórtice.Dance, tendo-se apresentado com este grupo em Portugal (CAE da Figueira da Foz, Auditório do Ramo Grande, Cine Teatro Louletano, Auditório Paulo VI e Centro Cultural António Aleixo) e no estrangeiro (National Dance Theatre, de Budapeste). Encenou e participou como artista convidado no espectáculo “As Águias Voam Legatto”, da Companhia de Música Teatral, apresentado em Oeiras, Elvas, Famalicão, Faro e outras localidades.
Leccionou em diversas escolas nacionais – Escola Superior de Dança, Instituto Universitário Afonso III, Escola de Formação Profissional da Companhia Nacional de Bailado e Academia de Dança Contemporânea de Setúbal, entre outras – e estrangeiras: The Harkness House for the Ballet Arts (NYC), Universidade de Curitiba, Universidade de Minas Gerais (Belo Horizonte), Centro de Dança Marcel Veillard de Neuchâtel (Suíça) e Centro Cultural Las Condes (Santiago do Chile).
Tem conferenciado em Portugal (Faculdade de Arquitectura do Porto, Centro Cultural de Belém, Faculdade de Motricidade Humana, Fundação Gulbenkian, Faculdade de Letras de Lisboa, Escola de Artes do Funchal, Universidade Lusófona, Acarte, Conservatório Nacional, Centro de Artes e Espectáculos de Alcobaça e Óbidos, Câmara Municipal de Lisboa, etc.) e ainda no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, e em diversas cidades do Brasil: São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba, bem como em Santiago do Chile. Em 19 de Maio de 2009 organizou e fez uma palestra na única homenagem em Portugal aos Ballets Russes, no dia do seu primeiro centenário.
Em 1991 deslocou-se à América do Sul ao abrigo do Acordo Cultural entre Portugal e Brasil, sob o patrocínio do Ministério dos Negócios Estrangeiros e, em 1996, participou, como conferencista, no evento “Navegar é Preciso”, no Centro Cultural de São Paulo.
Desde 1983 que é membro da Associação de Críticos de Dança dos Estados Unidos da América e está representado, com artigos e em espectáculos gravados, na Dance Collection do Lincoln Center for the Performing Arts, de Nova Iorque (EUA).
Fez parte dos júris de prestigiados concursos nacionais (Prémio Acarte/Madalena Perdigão – em 92, 93 e 94 -, Prémios Almada e Ribeiro da Fonte/ Ministério da Cultura – em 98 e 99 - e Concurso Talentos na Linha – 2012, entre outros) e internacionais (Festival de Joinville – 1990 - e Prémio Nijinsky/ Mónaco Dance Awards – 2000) e cobriu jornalisticamente eventos como a Exp’98 e a Europalia, bem como os mais importantes festivais de dança do mundo: Bienal de Danse de Lyon (França) Jacobs’s Pillow Dance Festival (USA), Festival de Danse de Montpellier (França), Kuopio Dance Festival (Finlândia), Festival de Danse de Cannes (França), Festival de San Pantaleo (Itália) e Festival de Klapstuk (Bélgica).
Entrevistou, grandes figuras da dança mundial tais como: Rudolfo Nureyev, Mikhail Baryshnikov, Maurice Béjart, Fernando Bujones, Alicia Alonso, Alexandra Danilova, Anna Sokolow, Sylvie Guillem, Manuel Legris, Reinhilde Hoffman, Milton Myers, Lar Lubovitch, Boris Eifman, Trisha Brown, Yoshiko Chuma, Deborah Jowitt, Carolyn Carlson, Ekaterina Maximova, Lola Greco, Joaquín Cortés, António Marquez, Antonio Canales e Israel Galván, bem como muitos artistas portugueses designadamente Águeda Sena, Isabel Santa-Rosa, Carlos Trincheiras, Olga Roriz, Vasco Wellenkamp e Nuno Côrte-Real.
Paralelamente à actividade de professor universitário e conferencista também produziu e organizou diversas exposições, nomeadamente “25 Anos da Companhia Nacional de Bailado”, na Galeria Gymnasio (Lisboa), “Dança Que Passa”, na Biblioteca Municipal de Algés, “100% Dança, 100% Algodão”, no Auditório Municipal Eunice Muñoz (Oeiras) e “Paula Pinto – 20 anos no Ballet Gulbenkian”, “Isabel Queiroz – uma vida dedicada ao BG”, “Margarida de Abreu – retrato de uma pioneira”, “A Volta ao Mundo (da dança) em Oitenta Cartazes” e “Danças na pintura de Vincent MacKoy”, no Centro de Dança de Oeiras.
Tem também trabalhado na produção de espectáculos, designadamente para o grupo Batoto Yetu-Portugal – de que foi membro fundador e vice-presidente durante dez anos - a Companhia de Dança de Deborah Colker (Brasil) e o White Oak Dance Project, de Mikhail Baryshnikov (EUA).
Foi um dos organizadores do primeiro espectáculo de bailado apresentado no Centro Cultural de Belém – a Gala de Homenagem a Graça Barroso. Foi também o coreógrafo, com duas obras para canto e orquestra, da primeira gala de dança apresentada na Culturgest, o produtor da Gala de Homenagem a Carlos Trincheiras, no Teatro S. Luiz – filmada em 1994 para a RTP – e o responsável pela programação de dança do Teatro da Trindade no ano de 96, tendo trazido a Portugal, pela primeira vez, o Nederlans Dans Theater III, o grupo alemão S.O.A.P (de Rui Horta) e a bailarina-solista canadiana Margie Gillis.
Convidado pela Câmara Municipal de Loulé para comissário de um ciclo de dança no Cine-Teatro Louletano aquando das comemoração do seu 75º aniversário (2005), encomendou várias obras a jovens coreógrafos portugueses.
Produziu e apresentou vários ciclos de conferências-demonstração intitulados "Ver a Música e Ouvir a Dança", no Teatro Maria Matos, inseridos nos Encontros Didácticos da Câmara Municipal de Lisboa (1992) e no Auditório Municipal Eunice Muñoz, em Oeiras (1998, 1999 e 2000), e em outras localidades, bem como as comemorações do Dia Mundial da Dança - a partir de 2001 - naquele teatro. Nelas se incluíram as Semanas da Dança que contaram com conferências, colóquios e exposições bem como um Concurso Internacional de Dança (iniciado em 2009) e diversas galas em que se homenagearam figuras e instituições emblemáticas da dança portuguesa – desde o Ballet Gulbenkian a Luna Andemartt, passando por Margarida de Abreu, Manuela de Azevedo, Águeda Sena, Isabel Queiroz (a título póstumo), Bernardete Pessanha, António Rodrigues, Maria da Graça Bessa, Vicente Trindade, Isabel Fernandes e outros.
O projecto didáctico infanto-juvenil, "Uma Fenda no Tecto", foi distinguido com um subsídio do Ministério da Cultura (IPAE/DGA) para apresentações ao longo do ano 2000, especialmente no concelho de Oeiras.
António Laginha começou a coreografar em 1977, ainda no Ballet Gulbenkian, estando representado em diversas companhias portuguesas, brasileiras e norte-americanas.
Colaborou com alguns encenadores na coreografia de peças de teatro (designadamente João Silva, do Grupo Terapêutico do Júlio de Matos) e da ópera “As Bodas de Fígaro”, encenada por Luís Miguel Cintra para o Teatro Nacional de S. Carlos e filmada pela RTP (1988).
Recebeu o 2º Prémio do 1º Concurso Coreográfico Nacional, em 1985, o Prémio Prestígio do Festival de Dança de Joinville (Brasil), em 1990, o Prémio Revelação Para a Literatura Infantil do Ministério da Cultura /APE, em 1998, com a obra “O Segredo de Natália” (Difel) e o Prémio da Associação Primo Canto, em 2002, bem como a Medalha de Mérito Artístico da Câmara Municipal de Oeiras, em Junho de 2006.
Também propôs a vários presidentes da República Portuguesa as mais altas ordens honoríficas para artistas da dança nacionais, designadamente o seu mestre Carlos Trincheiras (1937-1993), cuja condecoração, a título póstumo, veio a receber em Sintra.
Foi membro fundador da Associação Cais de Culturas – em 1995 - e o seu Presidente a partir de 2009.
Fundou em Fevereiro de 98 e é director da única publicação regular de dança portuguesa, a “Revista da Dança” (www.revistadadanca.com), que mereceu o reconhecimento e o apoio financeiro do Ministério da Cultura, através do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas de 98 a 2001.
Nesse mesmo ano – no dia 13 de Fevereiro – abriu o Centro de Dança de Oeiras (www.cdo.com.pt) que, desde então, dirige e onde também lecciona. É o responsável pelo Núcleo de Pesquisa e Documentação de Dança, o qual possui o mais importante acervo documental de dança existente no País.


Fonte: http://antoniolaginha.com/al.html


* Mário Laginha
(Lisboa, 25 Abril 1960)

MÚSICO

Mário João Laginha dos Santos nasceu em Lisboa, em 25 de Abril de 1960.
Da infância guarda bem a imagem do 1º piano vertical que recebeu aos 5 anos. Nessa altura começou a ter aulas particulares, nas quais o repertório clássico se misturava com valsas e modinhas pedidas pelo avô. Sonhava em ser pianista. Mas o sonho tinha momentos menos agradáveis como os recitais de sábado à tarde, exigidos pela escola, perante uma plateia de familiares, amigos e professores: “Ó Mário João, vai lá tocar um bocadinho!” O problema é que, para além de pianista, o rapaz também não desdenhava vir a ser bombeiro ou médico...
Guitarradas
Cansado de recitais e demonstrações de menino-prodígio, Mário, o rapaz, passou o piano para 2º plano e pediu ao pai uma guitarra. Surgia Mário João Santos, o guitarrista, autodidacta, futuro Paco de Lucia português!
Rumo às Olimpíadas
Entre as cordas da guitarra e do piano havia ainda Mário Santos, o ginasta. Seis aparelhos, 4 horas de treino por dia. Se as Olimpíadas não quisessem nada com ele, havia sempre a hipótese de tirar o curso do ISEF (Instituto Superior de Educação Física) e ser professor de ginástica. Uma hipótese encarada com seriedade, não fosse o ginasta ter-se cruzado com Keith Jarrett na televisão.
Cliques
O primeiro clique que fez com que Mário, o adolescente, regressasse ao piano chegou por intermédio dos Genesis. Como? Os colegas descobriram um piano no ginásio da escola. Tentavam tocar uma música daquela banda, mas não estava a correr muito bem. Mário ofereceu-se para tentar e perante o espanto dos colegas, que não suspeitavam que o amigo sabia tocar piano, a música tomou a forma desejada. Choveram elogios. Click! O segundo e definitivo clique é da responsabilidade de Keith Jarrett. Um concerto na televisão fê-lo descobrir que era mesmo aquilo que queria fazer, tocar assim, como aquele homem que não conhecia, nem sabia porque o fascinava tanto. Tocar aquela música, que descobriu, depois, ser o tal do jazz.
À descoberta do Jazz
Foram ficando esquecidos os Black Sabath, Deep Purple, Jethro Tull, Yes, Genesis, ouvidos então abertos para essa nova música, que chegou, em disco, pelas mãos do irmão. Dedicou-se de corpo e alma ao piano, 8 horas de estudo por dia, já sem tempo para a ginástica desportiva.
Inscreveu-se na escola de jazz “Louisiana”, em Cascais, dirigida por Luís Villas Boas. Quando Villas Boas o ouviu pela primeira vez, estava a tocar um tema que tinha ouvido por Keith Jarrett. Disse-lhe: “eh pá, você é engraçado! Isso o que é? Vamos devagarinho... Você primeiro tem que estudar os clássicos, o Bud Powell, o Bill Evans...”. E foi mesmo assim...
O clássico, para melhorar a técnica
Estava decidido. A vida seria essa, a de tocar e escrever música, mesmo que algumas vozes fossem contra. Tentaram dissuadi-lo; ele respondeu inscrevendo-se primeiro na Academia de Amadores de Música e depois no Conservatório, onde teve como professores Carla Seixas e Jorge Moyano. Pretendia apenas adquirir alguns conhecimentos e melhorar a técnica, mas acabou por concluir o curso, com a classificação máxima, aos 25 anos. Muito tarde para uma carreira de pianista clássico, muito a tempo para continuar o percurso no jazz. Curiosamente, assim que terminou o Conservatório, o primeiro convite que teve, foi para tocar um concerto de Schumann, com a Orquestra Sinfónica, algo que nunca tinha imaginado fazer.
Primeiros trabalhos
O início não foi fácil. Para ganhar algum dinheiro, Mário Laginha, o pianista, viu-se obrigado a tocar num hotel às terças, quintas e sextas e a acompanhar músicos em estúdio.
O seu primeiro trabalho profissional foi no teatro, na peça “Baal”, de Brecht, no Teatro da Trindade. Mais tarde, voltou a trabalhar nessa área, acompanhando a actriz brasileira, Maria Alice Vergueiro, em canções de Kurt Weil. Pelo caminho, umas incursões na Cinemateca para acompanhar filmes mudos, ao vivo, experiência não muito satisfatória, pois tinha que tocar muito tempo sem parar, nem sempre com os melhores resultados.
Em trio, quinteto, sexteto, decateto ...
O primeiro projecto “a sério”, no jazz, deu-se com a sua integração no quinteto da cantora Maria João, inicialmente intitulado Maria João & Friends. Essa formação deu origem a dois discos: Quinteto Maria João (1983) e Cem Caminhos (1985), constituídos por standards e alguns originais.
Paralelamente, Mário Laginha fundou o Sexteto de Jazz de Lisboa, com Carlos Martins, Tomás Pimentel, Edgar Caramelo e os irmãos Pedro e Mário Barreiros. Com estes últimos actuava, com alguma regularidade, em trio. Com o Sexteto ficou ainda para a memória, o disco “Ao Encontro”(1988), existente apenas em formato LP.
Durante esses anos, Laginha foi-se libertando da interpretação de standards do jazz, explorando o seu próprio universo, criando as suas próprias composições. Um dos desafios surgiu em 1987, quando com o apoio da Fundação Gulbenkian e no âmbito do Festival Jazz em Agosto, estreou o Decateto de Mário Laginha, para o qual assinou todas as composições e arranjos.
A dois pianos
Conjugando sempre o jazz com o clássico (terminara recentemente o curso de piano do Conservatório), Mário Laginha continuou a apresentar-se esporadicamente em festivais de Música Clássica.
Aconteceu nessa altura a formação do duo com Pedro Burmester, um daqueles amigos difíceis de encontrar. Juntos realizaram espectáculos por todo o país, tendo sido gravado o concerto de Dezembro de 1993, no Centro Cultural de Belém, que deu origem ao disco “Duetos”. O duo mantém-se até hoje, embora sejam mais raras as suas apresentações.
Início dos anos 90
Em 1991, juntou-se ao grupo Cal Viva, do qual faziam parte Carlos Bica, José Peixoto e José Salgueiro, reencontrando-se novamente com Maria João, também convidada do grupo. Gravaram “Sol” e fizeram tournées intensas, mas divertidas, por todo o país e no estrangeiro.
Entre 1990 e 1992 Mário Laginha manteve ainda um Quarteto e um Quinteto, com os quais actuou regularmente pelo país.
Já em 1993 fundou com o pianista João Paulo Esteves da Silva, o grupo Almas & Danças, com base em gostos comuns e em algumas composições conjuntas.
“Hoje”, o primeiro disco assinado com o seu nome, é editado em 1994, com a participação de Julian Argüelles (saxofone), Sérgio Pelágio (guitarra), Bernardo Moreira (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria). Dos 7 temas do disco, 6 são da sua autoria e 1 assinado por Argüelles.
Maria João e Mário Laginha
O disco Danças, lançado em 1994, já pela Verve, marcou o início de uma nova fase e de um novo duo, que persiste até hoje, com a cantora Maria João. Passados vários anos da primeira colaboração, com uma zanga pelo meio, os dois músicos empenharam-se num disco diferente, só com piano e voz. Seguiram-se-lhe, até 2005, mais 6 discos em conjunto: Fábula, Cor, Lobos, Raposas e Coiotes, Chorinho Feliz, Mumadji (ao vivo), Undercovers e Tralha. A cumplicidade entre Maria João e Mário Laginha tem feito deste encontro um dos mais felizes da música portuguesa, bem comprovado na originalidade e consistência de um duo com mais de dez anos. Para além dos trabalhos discográficos, João e Laginha têm sido convidados a integrar diversos projectos, com destaque para: o espectáculo “Raízes Rurais, Paixões Urbanas”, encenado por Ricardo Pais, em 1998, onde o fado e a música folclórica e tradicional se cruzavam com a música do duo; a colaboração com a companhia do coreógrafo Paulo Ribeiro, onde temas dos discos Fábula e Cor foram transportados para a linguagem da dança, num espectáculo estreado no P.O.N.T.I, em 1999 e intitulado “Ao Vivo”; a participação na curta-metragem “Canção Distante”, de Pedro Serrazina, no âmbito do Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura; o espectáculo “O Movimento do Som. O Som do Movimento”, em 2002, projecto de fusão entre a música e as Artes do Budô (artes marciais japonesas), realizado em conjunto com o Tenchi International, local onde a cantora pratica Aikido. Em 3 de Novembro de 2008 lançaram o álbum “Chocolate”.
A dois pianos... no jazz
Em Agosto de 1999, num concerto integrado no Festival “Jazz em Agosto”, Mário Laginha apresentou-se em duo com o pianista Bernardo Sassetti . A fusão dos dois estilos conquistou de imediato o público e, essa primeira experiência resultou em muitas mais. Desde então, têm realizado concertos um pouco por todo o país, culminando com a gravação de um disco de originais (Mário Laginha e Bernardo Sassetti), editado em 2003, e de Grândolas (2004), disco integrado na comemoração dos 30 anos do 25 de Abril.
À parte dos seus projectos mais regulares, Mário Laginha é frequentemente convidado a participar, quer como pianista, quer como compositor, em importantes eventos culturais.
Gravou o seu primeiro trabalho a solo, Canções e Fugas, em 2005, projecto que foi apresentado em estreia absoluta no grande auditório da Culturgest.
Fonte: http://mariolaginha.oninet.pt/


* Pedro Laginha
 (Lisboa, 17 de Março de 1971)

ACTOR e MÚSICO

Nasceu na freguesia de São Jorge de Arroios, em Lisboa.
Iniciou a sua actividade profissional com a companhia de teatro Os Satyros onde, sob a direcção de Rodolfo Garcia Vasquez, integrou o elenco de espectáculos como Rusty Brown em Lisboa, de Miguel Barbosa; De Profundis, a partir de Oscar Wilde; Woyzek, de Georg Büchner; A Filosofia de Alcova, de Marquês de Sade. Trabalhou com Xosé Blanco Gil no Teatro Ibérico, onde participou em Sopinhas de Mel, de Teresa Rita Lopes e em O Leão Enganado, de Jean de La Fontaine.
Trabalhou também no Teatro Aberto com José Wallenstein (Pêssegos, de Nick Grosso) e João Lourenço (Às Vezes Neva em Abril, de João Santos Lopes); no ACARTE com Paulo Filipe Monteiro (Área de Risco). Foi também dirigido por António Feio no Teatro Villaret em Deixa-me Rir, de Alistair Beaton.
Em 1993, com a peça A Filosofia de Alcova esteve presente no Festival de Teatro de Avignon (França), no Kirin Arts Festival (Cambridge – Inglaterra), no Edimburgh Fringe Festival (Edimburgo – Escócia) e no Festival de Teatro da Juventude de Kiev (Ucrânia).
Participou como actor em vários telefilmes: Alta Fidelidade, de Tiago Guedes e Frederico Serra; Cavaleiros de Água Doce e O Meu Sósia e Eu, de Tiago Guedes; Jogo de Glória, de Fernando Vendrell; Só por Acaso, de Rita Nunes; e em várias produções estrangeiras.
Tem aparecido regularmente em séries e novelas televisivas.
Participou no recital Bhagavad-Guitá = Poema do Senhor (1996), transcriação de António Barahona, lendo poesia juntamente com os actores João Grosso e João D’Ávila, na Fundação Oriente.
Foi o protagonista masculino do musical “Cabaret”, com encenação de Diogo Infante, apresentado no Teatro Maria Matos (2008)
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Laginha




* Maria José Laginha

(1986)

VIOLINISTA


Elemento da Orquestra Gulbenkian, a violinista Maria José Laginha é sobrinha do músico Mário Laginha, filha do seu irmão, Pedro Laginha dos Santos.







 JANTAR COMEMORATIVO DOS 200 ANOS DA FAMÍLIA LAGINHA




No domingo, dia 30 de Junho de 2013, pela 19 horas, realizou-se no Restaurante Clara Jardim – no Campo dos Mártires da Pátria, em Lisboa - um jantar comemorativo dos 200 anos da Família Laginha.
Tratou-se de um encontro muito especial em que estiveram presentes primos e parentes que vieram de vários pontos do país para assinalar dois séculos sobre a formação da família, na data do casamento dos nossos ascendentes, Manuel Martins e Ana Rosa, cujos filhos viriam a receber o apelido Laginha e a espalhar-se por Portugal e pelo Mundo.










11 comentários:

  1. O meu nome é Hugo Menau Vinhas Laginha. No entanto, o meu pai é Paulo Henrique Vinhas Laginha dos Ramos e os seus irmãos são, também eles, Laginha dos Ramos. Somos de Loulé, embora agora estude em Lisboa, e gostaria de saber se por acaso há qualquer informação desse ramo dos Laginhas se não fosse muito incómodo.
    Muito Obrigado

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  2. Olá o meu nome é Mónica Laginha de Castro Pinto Basto, eu sou sobrinha-neta de João Isidro da Mota Laginha de Castro, o proprietário do "Solar do Laginha" que faleceu em 2008. Basicamente sou Bisneta do Joaquim Laginha de Castro. Deixo o meu email para qualquer pergunta monica.p.basto@live.com.pt

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  3. Boa tarde!
    Sou DIEGO SOEIRO LAGINHA NETO DE JOÃO MATRINS LAGINHA , BISNETO DE MARTINS LAGINHA , GOSTARIA DE SABER ONDE ME ENCAIXO NISSO , MORA NO RIO DE JANEIRO ...

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  4. Parabéns aos Laginhas. 200 anos é um quarto da nossa História :-)

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  5. 1. Camilo de Castro meu avo paterno não era Galego mas sim Português natural de Vila Praia de Ancora.
    2. Joaquim Martins Laginha (pai de Rosa Martins Laginha) meu bisavó era escultor modelador que realizou na Bolsa do Porto o estuque estilo Árabe única sala feita por Portugueses.
    3. Quanto a min neto paterno de Rosa Martins Laginha e Camilo de Castro. Neto materno de Isabel Rordiguez Fernandez João Rodrigues de Oliveira (Pintor de arte de Santiago de Compostela). Sou filho de António de Castro Laginha e de Matilde Rodrigues Fernandes (esta com origens Galegas).
    Alguns artigos de empresa podem ser consultados na internet.
    http://users.skynet.be/fa025883/b2002_05.pdf
    http://www.lusojornal.com/archives/unebe41.pdf
    http://www.lusojornal.com/archives/unebe11.pdf

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  6. Procuro o João Laginha de Castro, anos 80,tripulante do navio Royal Viking Line.

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  7. Procuro o João Laginha de Castro, anos 80,tripulante do navio Royal Viking Line.

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  8. Eu gostaria de saber se a minha querida professora de física e quimica-Aura Laginha, oriunda de Loulé, ainda está entre nós. Foi das melhores professoras que tive. Senhora muito bonita e muito elegante em todos os sentidos. Adorava saber QQ notícia sobre ela. Ana Simão de Alte

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    1. Olá Ana! Infelizmente a minha prima Aura já faleceu há alguns anos. O seu funeral foi cá em Loulé. Era uma mulher de muita classe e beleza! Sempre foi uma prima muito chegada e adorava falar! Muito querida por todos nós! Deixa muitas saudades!

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    2. Olá Patricia. Pensei que ninguém me ia responder e não voltei aqui. Muito obrigada pela resposta. Já sobre a notícia da morte da minha querida professora deixou-me muito triste. Mas é a vida e temos de aceitar. Vou recorda-la para toda a vida. Professores assim é que fazem os bons alunos. Pena que não haja muitos. Um beijinho e feliz Ano Novo

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